O DESAFIO DA CHAMADA, FORMAÇÃO, ENVIO E CUIDADO DE MISSIONÁRIOS

Douglas Roberto de Almeida Baptista

E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Crito” (Ef 4.11-12)

A chamada ministerial acontece de modo singular e variado de pessoa para pessoa. Alguns, já no início da caminhada cristã, sentem uma convicção muito forte de que Deus os quer na Seara. Outros, na medida em que se envolvem nas atividades da igreja e com o passar dos anos, vão sendo despertados para o ministério de servir ao corpo de Cristo.

Um grupo, consciente e convicto da vontade de Deus, rende-se com alegria e submissão ao chamado divino sem nada questionar, sem rebelar-se, sem avaliar prós e contras e sem importar-se com a opinião de terceiros. Outros, porém, relutam, não entendem ou não aceitam o chamado e corroem-se em dúvidas, especialmente quando for preciso optar entre o ministério e a atividade profissional que desempenham.

  1. A chamada para a Obra do Senhor

A genuína “chamada” para servir na causa do Mestre não provém da vontade do homem. Contudo, a decisão de atender a chamada divina nem sempre é tarefa simples. Torna-se ainda mais difícil quando a chamada implica em mudança de cidade, transferência de Estado ou até mesmo mudança de domicílio para outro país.

Outras questões, reconhecidas como relevantes, assaltam o coração e a mente daqueles que são chamados pelo Senhor. Medo de falhar. Temor em tomar decisão precipitada. Incertezas quanto à capacitação pessoal. Preocupação com a família. Suficiência da “prebenda” ou “prolabore”. Plano de saúde oferecido ou não. Definições quanto à moradia. Estas e demais interrogações, de ordem espiritual, material e secular, são fatores que influenciam na aceitação do chamado divino.

Contudo, de um modo ou de outro, o Senhor conduzirá seus escolhidos para o exercício ministerial, os que se rendem e os que relutam. Por vezes, os que se opõem ao “chamado” experimentam o sofrimento, a dor e a angústia. Em situações extremas são submetidos à vergonha e até humilhação. O suplício só termina quando abandonam a desobediência e rendem-se a vontade do Senhor.

Na contramão dos que foram escolhidos por Deus, existem os que foram chamados pela vontade do homem. No primeiro caso, temos o grupo dos verdadeiros vocacionados que como o Apóstolo dos Gentios exclamam com sinceridade: “porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (1Co 9.16).

No segundo caso, os que são chamados pela vontade do homem, temos os que foram escolhidos por grau de parentesco com os líderes, os que foram indicados por conta da posição social e econômica, os que foram consagrados por causa da amizade de interesses duvidosos. Soma-se também a este grupo os rebelados contra as autoridades eclesiásticas, estes se auto-proclamam Ministros do Evangelho e assim “fundam” ou seria melhor dizer “afundam” ministérios “independentes”. Acerca destes Paulo já alertava à igreja em Corínto classificando-os como “obreiros fraudulentos” (2Co 11.13).

Em ambas as situações, a igreja é co-responsável pela indicação dos que são chamados para o ministério pastoral. A igreja que desconsidera os padrões bíblicos para a ordenação de um candidato ao ministério comete um grave erro. As consequências serão desastrosas e até irreparáveis, tanto para quem for ordenado quanto para a igreja que o receber para ser pastoreada.

Extremamente zeloso quanto à esta questão, o apóstolo Paulo alertou a Timóteo à respeito dos requisitos indispensáveis para aqueles que aspiram o ministério pastoral.  Algumas das exigências listadas pelo apóstolo, incluem: caráter irreprensível, aptidão para ensinar, administração exemplar de sua própria casa, ser marido de uma única mulher, não ser neófito na fé e possuir bom testemunho dos que estão do lado de fora da igreja (2Tm 3.2-7.) Estes padrões bíblicos não podem ser solapados, negociados, mudados e nem tampouco negligenciados. Aquele que não passar pelo teste das Escrituras  não pode ser conduzido ao ministério.

  1. A capacitação para o ministério e Obra missionária

Diz uma máxima evangélica, que infere-se da epístola de Paulo à igreja em Tessalônica, “Quando Deus Chama, Ele capacita” (1Ts 5.24). Isto implica dizer que os que não são capacitados também não foram chamados por Deus.  Deste modo, aqueles que preenchem os requisitos bíblicos já se encontram capacitados pelo Senhor e só lhes falta o reconhecimento e a ordenação da igreja.

Esta capacitação é concedida pelo Espírito Santo e certamente envolve os “Dons Espirituais”. Os textos bíblicos que esclarecem acerca dos dons, em primeiro lugar, os definem como “coisas controladas ou caracterizadas pelo Espírito”, e em segundo, como “dádivas gratuitamente distribuídas pelo próprio Espírito”. Portanto, não se trata de talento natural, nem mesmo de mérito ou recompensa alcançada por esforço humano, e sim de capacitações espirituais livremente distribuídas pelo Espírito (Rm 12; 1Co 12, 13; Gl 5; Ef 4).

Conforme os escritos paulinos, há diversidade de dons, de ministérios e de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos, e o Espírito distribui a cada um para o que for útil (1Co 12.4-7). Por meio do ensino bíblico, compreendemos que os dons sempre são concedidos pelo Espírito e que possuem finalidades específicas (para o que for útil), e, portanto, não podem ser usados com motivos espúrios.

 Assim, os dons ou as capacitações espirituais são diferenciados nos textos paulinos do seguinte modo: Dons Ministeriais: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (Ef 4.11). Dons de serviço: ensino, encorajamento, contribuição, liderança, misericórdia, socorro e administração (Rm 12.7-8; 1Co 12.28). Dons de revelação: palavra da Sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos (1Co 12.8,10). Dons de poder: fé, curas e operação de milagres (1Co 12.9,10). Dons de inspiração: profecia, variedades de línguas e interpretação de línguas (1Co 12.10).

Diante da clareza contida nas Escrituras, não se pode admitir e nem mesmo pensar, por exemplo, que se alguém recebeu o dom de “curas” ou ainda o dom da “profecia” também recebeu automaticamente o dom ministerial para “pastorear”. Os dons são distintos e com finalidades específicas e o Espírito reparte a cada um como quer.

O apóstolo lembra estas verdades à igreja em Corinto perguntando-lhes: “porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?” (1Co 12.29-30).

O texto grego (com a partícula “me” antes de cada pergunta) pressupõe um sonoro “não” como resposta. Este ensino demonstra que Deus concedeu-nos dons diversificados de modo que possamos depender uns dos outros e com propósito uniforme: “querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12).

Deste modo, a tendência em algumas igrejas de ordenar candidato somente porque “sabe pregar” ou porque “é espiritual” ou ainda porque é “muito usado nas mãos de Deus” não corresponde aos requisitos bíblicos para o ministério. Certamente este candidato pode ser muito útil para o corpo de Cristo com os dons que recebeu, mas se for ordenado ao ministério e a obra missionária estará fadado ao fracasso ou a um trabalho medíocre e infrutífero.

Requer-se dos chamados para o ministério pastoral capacitação dada pelo Espírito para, dentre outras coisas, ensinar, redarguir, exortar, jejuar, doutrinar, aconselhar, visitar, interceder, apascentar, administrar, amar, discernir, conduzir, orientar e servir de exemplo ao rebanho do Senhor. Ser possuidor apenas dos “dons de poder ou de revelação” não são requisitos suficientes para o ministério e a obra missionária.

O chamado ministerial alcança diante de Deus, grau elevadíssimo de com­prometimento, pois uma vez chamado pelo Senhor, o vocacionado não tem permissão para recuar. Jesus afirmou: “ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus” (Lc 9.62), o escritor aos Hebreus registrou pelo Espírito, “mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele” (Hb 10.38).

Quando o jovem Pastor Timóteo pensou em titubear, o apóstolo Paulo lhe enviou uma carta com severa exortação: “Por este motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”. (2Tm 1.6-7)

Como não há possibilidade para desistência, o melhor a fazer é abraçar a causa do Mestre somente quando houver confirmação da chamada divina. Ninguém poderá sobreviver se não possuir esta certeza. Durante toda a trajetória deste glorioso ministério o que nos sustentará, será a confiança no Senhor da igreja. A ausência de dúvidas em saber que Deus nos colocou onde estamos será antídoto contra a insegurança. Faremos o trabalho sem espanto e confiantes, sabendo que o Senhor, e somente Ele, é que pode suster ou remover o nosso castiçal e mais ninguém.

Os desafios e os conflitos desta jornada, seguidamente requererá em nossos corações a certeza de que nossa vocação, chamada e capacitação, nos foi outorgada por Deus e não pelos homens. Sem esta convicção não sobreviveremos as agruras ministeriais.

  1. Experiência pessoal e preparo acadêmico

Ao finalizar este ponto compartilho experiência pessoal no processo do chamado divino. Minha chamada ministerial deu-se de modo progressivo e gradual. Nasci gaúcho natural da cidade de Ijuí (RS), cresci em um lar evangélico e fui criado pelos meus pais na doutrina e admoestação do Senhor. Aos 15 anos nossa família sofreu uma perda irreparável. Nosso pai de saudosa memória foi recolhido para a eternidade em um acidente trágico. Minha mãe, eu e meus irmãos passamos a viver uma nova realidade para a qual não estávamos preparados.

Como primogênito passei a trabalhar em uma empresa da cidade para ajudar nas despesas e no sustento familiar. Minha rotina que era tranquila mudou consideravelmente. O emprego me obrigava a trabalhar de segunda a sábado do romper da aurora até o pôr do sol. A continuidade do ensino médio passou a ser cursado no período da noite. Neste tempo, as agruras da vida forjaram o caráter do menino que passou a ser homem precocemente. De outro lado, as sagradas letras aprendidas na meninice forjaram o amadurecimento espiritual em tempos de crise.

Aos domingos, único dia de folga, empenhava-me em participar do culto na Casa do Senhor. Os incentivos de meus líderes desenvolveram-me o hábito de ler as Escrituras, disciplina que conservo até os dias atuais. As oportunidades recebidas para ministrar nos programas de rádio, culto jovem e até culto público tiraram-me a inibição inicial. Envolvendo-me cada vez mais nos trabalhos da igreja começou a arder em meu peito à chama ministerial.

Por diversas vezes e de variados modos ouvi a voz de Deus relevando-me seu propósito. Aos 19 anos, na cidade de Santo Ângelo (RS), ingressei nas Forças Armadas, incorporando-me ao Exército Brasileiro. Nesta cidade exerci minha prieira atividade de liderança, trabalhando à frente da mocidade da igreja. Era jovem e inexperiente. Cometi alguns erros, mas adquiri experiências e aprendi grandes lições.

Aos 20 anos casei-me com a jovem Dirlei, bela e sorridente companheira concedida a mim pelo bom Deus. Juntos passamos a cooperar nos trabalhos da Casa do Senhor. Vieram as lutas, provações, perseguições e pesares. Foi um período conturbado, mas como resultado da obediência à voz divina, Deus nos concedeu amadurecimento, equilíbrio, paciência e perseverança.

Nesta época nasceram nossas filhas Priscila e Jéssica, belas e inteligentes, companheiras de ministério, joias de Deus para nossas vidas. Então veio o período em que o Senhor despertou em minha alma o desejo de conhecer mais profundamente as Escrituras. A partir daí o estudo da teologia em todos os níveis passou a ser prioridade. Deixava de investir em outras áreas para poder comprar livros e pagar as mensalidades dos diversos cursos teológicos. O sentimento sempre foi nobre e sublime: “Aprender mais, para poder servir melhor”.

No ano de 2000, aos 33 anos, já residindo na capital federal (Brasília), pela graça de Deus, fui empossado como Pastor Presidente da Assembleia de Deus de Missão no Distrito Federal. A posse foi efetivada pela Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus de Brasília e Goiás. Função esta que continuo exercendo com alegria e amor.

Devo tudo que tenho e tudo que sou ao Senhor da Seara, e, reconheço que muito do crescimento de meu ministério pastoral tem parcela de contribuição de minha amada igreja, dos obreiros de nossa querida convenção tanto regional como a da geral, e certamente de minha incansável e maravilhosa família.

Enfrentamos inúmeros embates, mas logramos êxito. Triunfamos juntos: pastor, família e igreja. É verdade que algumas vezes passamos pelo vale de lágrimas, mas não há o que lamentar, prosseguiremos nossa jornada até chegarmos ao repouso eternal. Marchamos com a certeza da vitória, pois “em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37).

  1. O percurso histórico na formação de missionários

          A formação de missionários no modelo hodierno remonta as páginas do livro de Atos dos Apóstolos. A grande comissão ordenada por Jesus (Mt 28.19-20) e o revestimento de poder outorgado a Igreja para testemunhar de Cristo (At 1.8) se encontrava restrito em Jerusalém. Porém a grande perseguição sofrida levou o Evangelho para toda Judeia e Samaria (At 1.8). Contudo, o despertar para missões mundiais ocorre por Obra do Espírito Santo na Igreja em Antioquia da Síria (At 13.1-2). Por volta do ano 47 d.C. a Igreja sob a orientação do Espírito, em oração e jejum comissionou a primeira dupla de missionários para evangelizar o mundo (At 13.3-4).

          Não é diferente com a História das Assembleias de Deus. Historicamente reconhecida, a fundação das AD no Brasil começa com a chamada de dois jovens suecos que aqui desembarcaram com a mensagem pentecostal.

          Gunnar Vingren pastoreava a Igreja Batista em South Bend, quando em determinado dia de 1910, Deus colocou no seu coração o desejo de orar na casa de certo irmão. A reunião aconteceu em um sábado à noite na residência de Adolf Ulldin. Durante a oração, Deus revelou por meio do Espírito Santo que Gunnar deveria ir para o Pará. Na profecia, o Espírito Santo também revelou que o pastor Gunnar se casaria com uma moça chamada Strandberg. Tempos depois, já no Brasil, em 16 de outubro de 1917, Vingren casou-se com Frida Strandberg. Como ninguém conhecia o lugar e nunca ouvira falar, no dia seguinte foram a uma biblioteca saber se existia algum lugar na terra chamado Pará. Lá descobriram que o local ficava logo ao sul da linha do Equador, na fronteira da selva quente e úmida. Tratava-se de uma região em um país na América Latina – o Brasil

          A chamada de Daniel Berg também ocorre em circunstâncias similares. Os pioneiros do movimento pentecostal assembleiano no Brasil se conheceram em 1909 em Chicago, Estados Unidos, por ocasião de uma Conferência na Primeira Igreja Batista de Chicago. Em 1910, Daniel Berg demitiu-se de seu emprego em Chicago e mudou-se para South Bend para auxiliar o pastor Gunnar Vingren. Quando fazia já certo tempo que Daniel Berg estava em South Bend, os amigos sentiram um forte desejo no coração de orar na casa do irmão Adolf Ulldin. Durante a oração Ulldin teve novamente uma visão com a palavra ―Pará! Nesse dia Daniel Berg recebeu a confirmação de sua chamada missionária e que deveria acompanhar Vingren ao Brasil. Deus lhes revelara inclusive a ocasião do embarque ao Brasil: 5 de novembro de 1910.

          Já a bordo do navio Clement instalaram-se na terceira classe. Com resignação receberam a notícia de que, por causa da greve dos estivadores, suas malas novas com as roupas leves não seguiriam com o navio. Chegariam ao Brasil apenas com a bagagem de mão, na qual estavam algumas poucas notas de pequeno valor e moedas avulsas. Outra vez, as circunstâncias os ensinavam a depender inteiramente do Senhor. Eram também eles os únicos passageiros brancos a bordo, o que também não deixava de ser uma preparação para as atividades missionárias em terras brasileiras.

  1. Processo de formação, envio e cuidados com os missionários

          Entre as diversas formas de desenvolvimento do processo de evangelização, encontra-se a formação de missionários. A formação engloba a compreensão da chamada e suas múltiplas responsabilidades, o preparo bíblico-teológico-doutrinário, a capacitação acadêmica e intelectual, o estudo da cultura, idioma e costumes, dentre outros aspectos. Para alcançar tais objetivos, a Igreja deve proporcionar esta formação por meios dos “cursos” e “escolas” de missões. Para tanto requer-se investimento tanto em pessoal qualificado como em recursos financeiros.

          O envio de missionários não pode ser temerário, baseado em “promessas” de homens. Não pode ser fundamentado em emoções os sentimentalismos. Se faz necessária a firme convicção da vontade soberana de Deus. O apóstolo Paulo desejou fazer Missões na Ásia e na Bitínia, mas naquele momento foi impedido pelo Espírito Santo (At 16.6-7). Para aquela ocasião o Senhor da Seara planejara evangelizar a Macedônia (At 16.9-10). Portanto, é imprescindível no envio de Missionários estar sensível a voz de Deus.

          Confirmada a chamada divina e o local a ser realizada a obra missionária, torna-se responsabilidade total da Igreja que envia, o cuidado integral com o missionário. Tanto nos aspectos financeiros, como espiritual, eclesiástico, e de saúde física e mental. A igreja não pode negligenciar ou escusar-se de seu compromisso em apoiar o missionário e a sua família. Vários são os textos bíblicos neste sentido, tais como: “não amordace o boi quando ele pisa o trigo. E, ainda: o trabalhador é digno do seu salário” (1Tm 5.18); “se nós semeamos entre vocês as coisas espirituais, será muito recolhermos de vocês bens materiais?” (1Co 9.11).

Considerações Finais

A igreja comete um grave erro quando desconsidera os padrões bíblicos para ordenação e envio de missionários. Os padrões bíblicos não podem ser negligenciados e que aquele que não passar pelo teste das Escrituras Sagradas não pode ser conduzido ao ministério e a obra missionária. Os vocacionados por Deus também são despertados para a capacitação e formação a fim de melhor servir o Reino de Deus na terra. O envio de missionários é incumbência pastoral com aquiescência do ministério e departamento de missões. E para isso, na escolha e envio de missionários recomenda-se um prudente e atento exame. Concessões não podem ser permitidas. Pressões não podem ser aceitas. Motivos ilegítimos nem devem ser considerados. A Igreja ao enviar torna-se responsável pelo apoio integral ao missionário. Tudo o que ocorrer no campo missionário será resultado da observação desses princípios basilares. “Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão” (Sl 126.5).

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Douglas Roberto de Almeida Baptista. Líder da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal e do Conselho de Educação e Cultura da CGADB. Vice-presidente da Rede Assembleiana de Ensino (R.A.E). Graduado em teologia, filosofia e pedagogia. Especialista em Docência do Ensino Superior. Mestre em Ciências das Religiões. Mestre em Teologia do Novo Testamento, e Doutor em Teologia Sistemática e Teologia Pública. Comentarista das Lições Bíblicas de adultos CPAD.