“Melhor é a sabedoria do que força”. No texto de Eclesiastes 9.13 a 18, relata um episódio que supostamente pode ter sido uma história real, que aconteceu com Arquimedes. Que foi homem pobre mas sábio, que viveu na cidade de Siracusa (Itália), quando a mesma foi sitiada em uma revolta entre os romanos.
Outros, até faz conjecturas dizendo que a cidade pequena e pobre, com poucos homens é Jerusalém. Que o grande rei opressor é o demônio! E o homem pobre, porém sábio, trata-se do Senhor Jesus Cristo. É exatamente um texto como este, que mesmo atendendo as regras normais da interpretação de palavras ou textos que é a Hermenêutica, sentimos dificuldades em entendê-lo. É neste momento me vem fortemente à memória as palavras do saudoso Pastor Estevão Ângelo de Souza, quando dizia: “Nunca podemos dizer com certeza aquilo que a Bíblia não diz com clareza”. Sabemos também que existem vários outros comentaristas que entendem que tudo isto não passa de uma simples parábola.
Criada pelo o rei Salomão para demonstrar “superioridade da sabedoria”, pode-se entender também, que foi escrito para mostrar que muitas vezes a sabedoria é mais útil aos outros do que àquele que a possui.
O texto diz: Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou, e levantou contra ela grandes tranqueiras, (baluarte), (ou rampas), (grifo nosso).
E vivia nela um sábio, porém pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembravam daquele pobre homem.
Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada e as suas palavras não foram ouvidas.
As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que governa sobre tolos.
Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitos bens (Ec 9.14-18).
Se isto foi de fato um caso real ocorrido ou uma parábola, isto é, uma narração feita de forma alegórica, pelo o rei Salomão sobre um homem pobre mas sábio, que foi capaz de libertar sua cidade de um inimigo poderoso, que, depois da vitória alcançada esqueceram-se tanto do sábio pobre, como da sua sabedoria. Lamento que isto tenha acontecido. Contudo, sabemos que ainda hoje, as coisas boas continuam caindo no esquecimento do povo. Mas mesmo assim o rei Salomão elogiou o valor da sabedoria! Eclesiastes 7.19, diz: A sabedoria fortalece o sábio, mais do que dez governadores que haja na cidade. O versículo dezoito do texto diz: Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitos bens.
Neste interessante texto bíblico, temos percebido o tamanho do valor da sabedoria dita eficientemente nas palavras do rei Salomão. Que a sabedoria é útil, boa e capaz; que mesmo não sendo reconhecida ou agradecida por outrem, mas é gratificante àquele que há possui.
Queridos obreiros, Deus já nos tem dado a mais importante e completa, sabedoria já revelada ou manifestada entre os homens, que é o conhecimento da sua gloriosa palavra que é o próprio Senhor Jesus Cristo. Vamos falar desta sabedoria, pois já vimos que as palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais do que os gritos de quem governa entre festeiros. Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra. Pois as armas da nossa milícia não são carnais. Mas são poderosas em Deus. Advertência! Busquemos a sabedoria que vem do alto. Sem desprezar ou relaxar o bom conhecimento secular, mas vamos simplesmente associar-los para o nosso bem (I Tm 5.13-16, II Tm 3.14-17 Pv 9.11) .
O rei Salomão cita mais este provérbio composto explicando o que ele havia observado referente à sabedoria e diz: Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso. Então, finalmente o que ele queria dizer da sabedoria? É que a sabedoria não é a total garantia de bons resultados, porque os imprevistos podem acontecer. Desta forma, o melhor é confiar no Senhor! Que Ele nos garante uma sábia e completa salvação.